Eu quero ser ( ) magra ou ( ) feliz?

Tem uma hora na vida de toda mulher em que ela precisa decidir se vai ser feliz ou vai ser magra”

A frase foi dita por Natalie Lamour, a personagem de Deborah Secco na novela Insensato Coração. Para quem não sabe, ela é uma ex-participante de reality show que faz tudo para continuar a ter sucesso, já armou mil e uma na trama. É magra e sarada, tem um bronzeado pra lá de artificial e seduz até os postes da rua. Mas esqueçamos de que boca saiu a frase. Na verdade quem a inventou foram os autores, Gilberto Braga e Ricardo Linhares. E ela é interessante porque associa, mais uma vez, a magreza à felicidade – mas desta vez em campos opostos.

Já ouvimos mil vezes que, hoje, só as magras são felizes. Mas, segundo este novo raciocínio, magreza e felicidade são excludentes.

Exageros à parte, quem não nasceu com propensão à magreza (e poucas mulheres não engordam fácil, culpa dos hormônios), mas acha que só vai ser feliz sequinha acaba ficando…infeliz. São mil controles, culpas, concessões, arrependimentos, crises, chutes de balde…uma eterna alternância de estados de espírito que acabam cansando – isso em meio a tantas coisas importantes que todo mundo tem que enfrentar no dia-a-dia: trabalho, relacionamento, filhos, contas a pagar…

Eu já estive magra e infeliz, gordinha e feliz, magra e feliz, gordinha e infeliz. Diria que no momento encontrei um caminho do meio nessa batalha do peso. Não estou lá como gostaria. Mas não sinto tanta culpa em comer um profiterole no meio da semana. No dia seguinte praguejo com a calça que custa fechar e caio dentro da alface (mesmo com vontade de experimentar o cheese cake). E assim vou seguindo.

Na verdade, essa maratona toda faz a gente perceber, com o tempo, que, apesar da boa forma ser importante, ela está menos associada à felicidade do que a gente imagina.

E você, o que acha?